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Vale do Guaporé se transforma em celeiro agrícola

Data da notícia: 07/03/2012
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[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20120307e.jpg[/IMG (Da Redação) Com uma área de 30.755 quilômetros quadrados, localizado na região sudoeste do Estado de Rondônia, o Vale do Guaporé com o término das obras da BR-429, previstas para o final de 2012, está se transformando numa nova frente de desenvolvimento. Bioma com três ecossistemas, pantanal, amazônico e cerrado, além de clima, topografia e solo propícios a agricultura, o Vale do Guaporé, com o apoio do governo estadual começa se despertar do sonho para realidade.
Para conclusão dos 380 quilômetros de asfalto da moderna rodovia, de padrão internacional, resta apenas um trecho de 57 quilômetros, entre os municípios de Seringueiras e São Francisco do Guaporé, assim como o término das obras de artes, que são drenagens, pontes e bueiros.
Interligando com a BR 364 a partir do município de Presidente Médici, a 429, vai atender uma região favorável, principalmente a produção de milho, soja e arroz. Servindo aos municípios de Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras, São Francisco do Guaporé e Costa Marques na divisa com a Bolívia, as lavouras da chamada de cultura branca ao longo da BR 429 começam a transformar a imagem da região.
Guardando em seus campos um rebanho bovino de 1.293.601 de reses nas 9.415 propriedades existentes, com um abate de 151.800 animais por ano e produção superior a 150 mil litros de leite ao dia, com destaque para o município de Alvorada do Oeste, o Vale do Guaporé caminha a passos largos para se tornar um grande celeiro agrícola. Ali, produtores rurais do Sul do país aumentam a produtividade com o uso de novas tecnologias. Aproveitando a fertilidade do solo e de olho no mercado externo, começam abrir grandes lavouras, transformando em realidade o que até há bem pouco tempo era algo inacreditável.
Gilberto Anacleto, um sulista que acredita no desenvolvimento da agricultura na região, cultivou no ano passado 120 alqueires de arroz e colheu 14.500 sacas de 60 quilos. Em 2012, plantou 125 alqueires e projeta colher 18 mil sacas. Na próxima safra, ele tem planos de cultivar uma área com milho para diversificar a produção. As margens da 429, até onde a vista alcança no horizonte, de um lado e de outro as áreas cultivadas vão se multiplicando.

INVESTIMENTOS - Com o apoio do governo do Estado através da secretaria de Agricultura, para incentivar os produtores de ?Cará da Costa? (Inhame), no melhoramento das mudas deste produto na região foram liberados R$ 100 mil para Alvorada do Oeste, R$ 50 mil para São Miguel do Guaporé, R$ 50 mil para Seringueiras e R$ 50 mil para São Francisco do Guaporé. Também foram entregues pelo governo tratores e implementos às prefeituras e associações rurais para atender aos pequenos produtores rurais.
O ?Cará da Costa? um tubérculo da família da mandioca e batata, natural da Costa Asiática, com ótima adaptação na região do Vale do Guaporé, transformou-se numa bela fonte de renda para os pequenos produtores rurais. Com ciclo curto de seis meses entre plantio e colheita e com mercado externo assegurado, o produto está revolucionando para melhor a vida dos agricultores familiares.
Seringueiras e São Francisco do Guaporé são os principais polos de produtores do ?Cará da Costa?. Em Seringueiras, o produtor rural Alexandre Gomes de Araújo, com especialização na classificação do tubérculo, formou parceria com a Global Importação e Exportação de horti-fruti, de Londrina no Paraná, que vai adquirir e exportar para o Canada e Estados Unidos toda a produção daquela região.
No próximo ano a Global, segundo Alexandre Araújo, abrirá uma filial em Seringueiras. ?A proposta é organizar a produção para ter um produto de boa qualidade, agregando mais valor e eliminando os atravessadores?, sintetiza Alexandre.

COLHEITA - A colheita de ?Cará da Costa? que começa em maio pelos cálculos de Araújo e do produtor rural, Ronaldo Marcolino Maia, deve render em torno de cinco mil toneladas gerando para região em torno de R$ 3 milhões. Um produtor pelo outro colhe entre 10 e 20 toneladas deixando um lucro bruto em torno de R$ 12 mil. Isso para quem como Ronaldo Marcolino Maia que cultiva uma área de 1,5 hectare, é um ótimo negócio.
Neste período de chuvas os frutos do ?Cará da Costa? estão em pleno crescimento, pesando em torno de cinco quilos a unidade. No entanto, no mês de maio, no forte da colheita, cada tubérculo terá o dobro do peso. Disputando espaço com o ?Cará da Costa? nas pequenas propriedades com predominância para agricultura familiar, vigora uma vasta produção de abóboras, melancia, batata doce e mandioca, que servem de alimentação não só para as pessoas, como ajuda na engorda de suínos e pequenos animais.

EVENTO - Com o apoio dos prefeitos de Seringueiras, Celso Luiz Garda e de São Francisco do Guaporé Jairo Borges Farias, os secretários municipais de Agricultura, Pedro de Souza Bispo e Elineusa Splícigo estão organizando um grande evento para o dia 18 de maio, para o qual convidaram o governador Confúcio Moura, o secretário de Agricultura Anselmo de Jesus, o superintendente Federal de Agricultura no Estado e o diretor regional da Embrapa.
O objetivo conforme explica Pedro de Souza Bispo, é mostrar para as autoridades, o potencial econômico da região, bem como a importância da agricultura familiar no cultivo do ?Cará da Costa?. Serão demonstrados e oferecidos aos visitantes quitutes e iguarias produzidos com o inhame que agrada ao paladar do brasileiro e das pessoas de outros países.

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